1. |
O Castigo Vem a Cavalo
17:03
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Toda luz que me faz entender o que passou
O escuro é o pai dos meus sonhos, a luz o abraçou.
Luz é parida e do escuro traz verdade;
a terra desconquistada atravessando corações,
tamanha a gana por viva essência.
Errantes, no som lhes abrigaremos
junto aos encantos de antigas formas
que de longe vieram rugir novamente
a liberdade dos organismos coletivos,
Lavar com marés a treva do homem e da mulher.
Lavar com marés a luz de ontem.
Vou sem desejos enterrados
aonde o passado não sangra
pra tarde queimar minhas dores,
e ouvir o brado dos raios,
e sonhar meus sonhos perdidos aqui.
Deixei pelo caminho
o peso dos meus rastros –
vi luz se entregar às sombras,
choros rompendo aos sopros,
às vidas perdidas ao nunca
na longa morte dos dias.
Ante cegas iras pulsa o absurdo,
âmago onde fim só imaginam
lá se encontra nossa última descida
para saber novos sentidos, pertencer
à sábia impermanência que nos chama.
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2. |
Toda Mágoa do Mundo
11:43
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Há só noite em mentes ocupadas
e nos corações que enxergam e anseiam
os caminhos são incertos, mas, a vontade é certa.
Porque a calma e a justiça não existem para todos.
Exclusivas da primeira sorte dos que nascem podendo.
Anseiam por toda história pela frente.
A força vem das lamúrias incessantes que habitam os ouvidos
E dos choros ancestrais, que avisam em sonhos, cada sinal de problema. Soam sem parar, no escuro e mesmo assim, tentam.
Com a coragem dos desesperados.
Toda mágoa do mundo cai do céu como chuva.
Ninguém entende de onde vem
Olhares para cima que vêem só abandono
Esgotados, porém, vivos.
Sonhos de um mundo morto
Agora sem seus lares
Vagueiam flutuando pelo cosmos e além.
Sonhos de um mundo vivo
Agora em nossas mentes
Os corpos carregados
Para luta até o fim.
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3. |
Miséria da Sabedoria
26:00
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Em ruas, vielas, castelos
Nas vivências ardidas de luta e dor,
Há pilhas de palavras que desmonoram todas vezes que são ditas
Quando esperam que a linguagem seja consciência praticada
Que as batalhas de hoje se inspirem nas de ontem.
Que caia o amontado de ilusões,
Perdidos em arte, bagunçado em conhecimento.
Pois, nada contempla o que é certo quanto o filho faminto.
Que caia os muros.
Que caia as fronteiras.
Falácias abstratas demais para se agarrar.
Os desejos, abstratos demais para se inspirar.
As dores sim, reais demais para se esquecer.
O sofrer que faz falta para alguns
Cria sombra no pesar do dia a dia de outrem.
Dia após dia.
E a miséria da sabedoria desnortea o entendimento.
A filosofia não vivida guia os corpos para falta de organização.
As más concepções de causa e efeito é regra, como a mentira dos direitos.
O fogo engolido em prol de nossa paz
O silêncio dos desacordados
O choro engolido em prol de falsa paz
O barulho da mente, os corpos ansiosos
O fogo destemido é por nossa paz
Em confusão de entender a realidade,
Joga-se no ar poesia perdida como esta.
Bandidas entre linhas. Labirinto de símbolos
E cada verso não faz sentido
E o que é dito não é vivido,
Muito menos sentido.
Mas, tudo passará
Vamos viver novas frases
Novas palavras virão,
Acompanhadas por ritmos
Cantadas em terra justa
Que toda história pela frente
Se resuma em dança,
Onde nenhuma voz é menor que outra.
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