1. |
Chama Terra, Chama Chuva
09:45
|
|||
Ergam-se, filhos e filhas da terra
Desencantam-se da história humana
Pois, seus caminhos sempre retornam à ruína e vergonha
Agitem-se contra à condição do tempo
Reunam-se com pedras e fogo
Lutem criaturas da terra
Gritem e cantem
Cantem e dancem
Dancem e toquem
Toquem e chamem
Chama à terra
Chama e aterra
Chuva que traz frio, ae!
|
||||
2. |
Desnaturação de Si-Mesmo
14:38
|
|||
"São todas as falhas que caem sob o céu"
Enquanto engasgo
Com uma miríade de falhas
Sonhos tomam mais forma
Que a vida acordada
Banhado pelas flechas do sol
Encharcado por nada além de luz
Me sinto esvaziando para o fim
Todas as cores se resumem
Ao preto e branco
Todos os barulhos se tornam música
Permaneço alto quanto as árvores
Que me circundam e formam minha casa
A natureza do pensamento
E a percepção do tempo
São bocas que se cospem
Em direção à Anciente
Desnaturação de Si-Mesmo
Desmantelado em forma Humana
Eu só sonho com rios e os ventos
Que saudade da minha terra
Eu só vejo o mar, areia e o Sol
Traz de volta a minha terra
Tu és bicho
Nós somos a dúvida
Nossos filhos são os ventos
Nossa mãe é a terra
Nosso pai é o pavor
E quando não houver mais nada
Além de água em todas as moradas
Dos vestígios de nossa extinção
O Silêncio herdará sua ascensão
E quando não houver mais nada
Além do fim e sua alvorada
Em quietude de desolação
O Silêncio será nossa redenção
Tu foi bicho
Vivemos só dúvida
Nossas crias já deram seus últimos suspiros
E paz está de volta.
|
||||
3. |
||||
Quem ouviu o trovão
E se banhou no veneno
Da antiga serpente
Está fadado a permanecer
Suspenso no Não-Saber
O tempo para de fluir
E despenca rumo ao passado
Mirações são incertas
Herdadas de outras vidas
De mundos que estão sempre mudando
Cantos distantes ecoam na memória
e nos sonhos coletivos,
Que velados pela mãe-dúvida,
São ouvidos no silêncio da mente no mais alto volume:
"Não há nada Divino
Nunca houve algum Deus"
Tudo é nada e nada é tudo
Nunca houve algum Eu"
Para cada crença, uma torre.
Para cada torre, um terremoto
Os tremores, algozes das certezas,
Que uma vez erguidas, são esmigalhadas
Regozijem-se!
Lambuzem-se com o Enigma
Singularidade espiritual obliterada
Todas as coisas valem o mesmo
Nacos de matéria, finitos
Concepções, valores e abstrações
Se limitam ao alcance das palavras,
Que escapam do que há de mais sóbrio
As coisas apenas são e serão
Como pedras que esfarelam
Submersas em águas correntes
Que nunca são vistas nem ouvidas
A ação do tempo traz o esquecimento
De uma fissura que rasga a realidade
Foi cuspida a psiquê
Devastadora como trovões
Só quem viu o Relâmpago à sua direita sabe.
|
||||
4. |
||||
E são sons que te trazem de volta
E são sons que te fazem lembrar
Quando se deixa o corpo
O corpo nao é mais o mesmo
E são sons que te trazem de volta ao lar
E são sons que te fazem mergulhar de volta à origem
Quando o véu da separação cai
Mãos, pés e terra se confundem
Realiza-se o ânimo do absurdo
Engolido por uma imensidão
Para o silêncio, boa morte
E são sons que te trazem de volta a si
E é o silêncio que te faz aceitar tua ida
Bom retorno.
|
Streaming and Download help
If you like Kaatayra, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp